ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO TRABALHO DE PARTO VAGINAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Resumo
O parto vaginal tem o objetivo de restaurar o caráter fisiológico no processo de nascimento e através da intervenção fisioterapêutica, pode-se proporcionar confiança e conforto, alívio de dor, relaxamento sem o uso de fármacos. No trabalho de parto vaginal a fisioterapia tem um papel importante em amenizar os desconfortos da parturiente, orientando-a e conscientizando-a, tornando-a mais segura e confiante. Assim, faz-se necessário que o profissional entenda a biomecânica da gestante para que auxilie na postura da parturiente com o objetivo de facilitar a passagem do bebê pela pelve. Desse modo, este estudo tem por objetivo descrever a atuação do fisioterapeuta no parto natural. Trata-se de uma revisão da literatura. Será utilizado como instrumento norteador as bases de dados: Lilacs, Scielo, PubMed e Cochrane. Foram utilizados como critérios de inclusão; ser documento do tipo artigo científico disponibilizado na íntegra, texto completos e de forma online, disponíveis de forma gratuita nos idiomas português e inglês, estudos publicados no período compreendido entre os anos de 2017 a 2021 (os últimos 5 anos), adequado ao tema de interesse e artigo original. Como critério de exclusão foram descartados os estudos com as seguintes características: estudos duplicados, realizados em animais e que não descrevessem a fisioterapia.
Palavras-chave: fisioterapia obstétrica; parto vaginal; trabalho de parto.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: visita aberta e direito a acompanhante. 2. ed. 4. reimp. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Rede Cegonha. Atenção integral a saúde da mulher e da criança. Estratégia de qualificação da atenção obstétrica e infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
BAVARESCO, Gabriela Zanella et al. O fisioterapeuta como profissional de suporte à parturiente. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, p. 3259-3266, 2011.
BORBA, Eliza Orsolin de; AMARANTE, Michael Vieira do; LISBOA, Débora D. Assistência fisioterapêutica no trabalho de parto. Fisioterapia e Pesquisa, v. 28, p. 324-330, 2021.
BIANA, Camilla Benigno et al. Terapias não farmacológicas aplicadas na gestação e no trabalho de parto: revisão integrativa. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 55, 2021.
BARROS, A. P.; MATOS, S. S. A Importância da Atuação do fisioterapeuta no parto vaginal em primigestas e multíparas. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 1, n. 6, p. 282-91, 2017.
BELEZA, Ana Carolina S.; GP, Carvalho. Atuação fisioterapêutica no puerpério. Rev Hispeci e Lema, SP, 2009.
CONITEC. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal, 2016. Disponível em: http://conitec.gov.br/images/Consultas/2016/Relatorio_Diretriz-PartoNormal_CP.pdf. Acesso em: 08 de dezembro de 2021.
DA CRUZ, Carolline Bittencourt et al. Recursos fisioterapêuticos aplicados no trabalho de parto natural humanizado: uma revisão bibliográfica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 41, p. e2731-e2731, 2020.
DA MATA OLIVEIRA, Amanda Cristielle Pereira; DE SENE, Laize Batista; WATANABE, Luiz Aurélio Rodrigues. Percepção de dor no parto normal em gestantes. Scire Salutis, v. 8, n. 2, p. 32-42, 2018.
DE OLIVEIRA, Paula Gontijo; FALCÃO, Débora Boaventura; DE OLIVEIRA, Leonardo Pinto. A RELAÇÃO ENTRE O ESPAÇO ARQUITETÔNICO E A EXPERIÊNCIA DO PARTO NATURAL: PROBLEMAS E POTENCIALIDADES. Programa de Iniciação Científica-PIC/UniCEUB-Relatórios de Pesquisa, v. 3, n. 1, 2017.
DINIZ, C. S. G. Entre a técnica e os direitos humanos: possibilidades e limites da humanização da assistência ao parto. São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 2001. 264p. Tese (Doutorado em Medicina) - Departamento de medicina preventiva, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.
DINIZ, C. S. G. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Ciência. saúde coletiva. v. 10, n. 3, 627-37, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/JQVbGPcVFfy8PdNkYgJ6ssQ/. Acesso em: 08 de dezembro de 2021.
ENNING, C. O parto na água: um guia para pais e parteiros. São Paulo: Manole, 2000.
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA et al. Gestação de alto risco: manual técnico. In: Gestação de alto risco: manual técnico. 2000. p. 118-118.
FREITAS, Andressa et al. Atuação da Fisioterapia no parto humanizado. DêCiência em Foco, v. 1, n. 1, 2017.
HELMAN, C. G. Cultura, saúde e doença. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
MACHADO, N. X. de S; PRACA, N. de S. Centro de parto normal e a assistência obstétrica centrada nas necessidades da parturiente. Revista da Escola de Enfermagem USP, São Paulo, v. 40, n. 2, p. 275-279, 2006. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/237769515_Centro_de_parto_normal_e_a_assistencia_obstetrica_centrada_nas_necessidades_da_parturiente. Acesso em: 08 de dezembro de 2021.
MALDONADO, M. T. Psicologia da Gravidez. Parto e Puerpério. 6 ed. Petrópolis, Vozes, 2002.
MAZZALI, Luciana; GONÇALVES, Ronald Nascimento. Análise do tratamento fisioterapêutico na diminuição da dor durante o trabalho de parto normal. Ensaios e ciência: ciências biológicas, agrárias e da saúde, v. 12, n. 1, p. 7-17, 2008.
MIELKE, Karem Cristina; GOUVEIA, Helga Geremias; DE CARVALHO GONÇALVES, Annelise. A prática de métodos não farmacológicos para o alívio da dor de parto em um hospital universitário no Brasil. Avances en Enfermería, v. 37, n. 1, p. 47-55, 2019.
MOTT, M. L. Assistência ao parto: do domicílio ao hospital, 1830-1960. Projeto História, v.25, p.197-219. 2002.
OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Maternidade segura. Assistência ao parto normal: um guia prático. Brasília, 1996. (OMS/SRF/MSM).
RAMALHO, A. A. A experiência de sentir-se respeitada durante o trabalho de parto no Hospital. 2009. 211p. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Programa de Doutoramento em Enfermagem, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2009.
SILVA, Isabelle Salomão Teixeira et al. Aplicação adequada do partograma e o seu impacto na taxa de cesarianas: revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 12, n. 9, p. e3915-e3915, 2020.
SILVA. E. F. Métodos não farmacológicos de alívio da dor durante trabalho de parto e parto. 2011. R. Enferm. UFSM. v. 1, n. 2, p. 261-271, 2011. Disponível em: file:///C:/Users/sanch/Downloads/2526-11244-1-PB.pdf. Acesso em: 08 de dezembro de 2021.
SPINK, M. J. P. Psicologia Social e Saúde: saberes e sentidos. 9. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2013.
STORTI, J. de P. O papel do acompanhante no trabalho de parto e parto: expectativas e vivências do casal. 2004. 118f. Dissertação (Mestrado Materno Infantil e Saúde Pública) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2004.
SZEJER, M; STEWART, R. Nove meses na vida da mulher: uma aproximação psicanalítica da gravidez e do nascimento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997.
SANTOS, Gabrielle Silva et al. O NÍVEL DE CONHECIMENTO DE MULHERES GRÁVIDAS SOBRE A FISIOTERAPIA DURANTE A GRAVIDEZ E NO TRABALHO DE PARTO. Anais da Mostra Acadêmica do Curso de Fisioterapia, v. 8, n. 2, p. 34-43, 2020.
TELES, L. M. R. et al. Parto com acompanhante e sem acompanhante: a opinião das puérperas. REME Revista Mineira de Enfermagem, v. 7, n. 41-47, p. 688-694, 2003. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/20366. Acesso em: 8 de dezembro de 2021.
TORNQUIST, C. S. Armadilhas da Nova Era: natureza e maternidade no ideário da humanização do parto. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 2, p. 483-492, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/4mpSbNhnq5dV5kV6WT8Tc5J/?format=pdf&lang=pt. Acesso: 8 de dezembro de 2021.
VENDRÚSCOLO, Cláudia Tomasi; KRUEL, Cristina Saling. A história do parto: do domicílio ao hospital; das parteiras ao médico; de sujeito a objeto. Disciplinarum Scientia| Ciências Humanas, v. 16, n. 1, p. 95-107, 2015.
VIDAL, Ávila Teixeira et al. Barreiras à implementação das Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal: uma análise prototípica das representações sociais de atores estratégicos. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 31, 2021.
