MEMÓRIA E CONSCIÊNCIA NA ARQUITETURA RELIGIOSA DO COMPLEXO FRANCISCANO DE JOÃO PESSOA: uma reflexão mística sociológica do imaginário patrimonial
Resumo
O presente artigo busca dissertar sobre as narrativas místicas que envolvem o Complexo São Francisco/PB, João Pessoa, Nordeste, partindo do pressuposto gadameriano, com sua hermenêutica filosófica, a qual sugere que a compreensão não parte do comportamento em si dos sujeitos, mas do modo de “ser no mundo” de quem está a analisar e interpretar a vida e as coisas, em consonância com Martin Heidegger (2011) a partir de seu trabalho intitulado: A caminho da linguagem; todavia, busca-se compreender as subjetividades presentes na aura humana quando nas impressões de memória, consciência e verdade tecidas por um imaginário espiritual, construindo, assim, uma ‘Sociologia Religiosa’ que dialoga com o sentimento de pertença e valorização do patrimônio material/imaterial como parte indissolúvel da identidade dos indivíduos. E, é nessa relação (Criador x Criatura) que este trabalho se estabelece. O objetivo maior é desenvolver ações de diálogos que possibilitem um intercâmbio intercultural, valorizando, além do patrimônio arquitetônico, o turismo religioso, bem quanto enaltecer o sentimento de pertença histórico, cultural e social do indivíduo. Em suma, nossa reflexão conta com o apoio de teóricos pertinentes como Agostinho (1998), Alighieri (2005), Eliade (2001), Gadamer (1997), Morais (2013), Pouzadoux (2001) Platão (1998), Sartre (2000), Vieira (1998), dentre outros os quais alimentam nossa curiosidade e engrandece nosso processo de fruição intelectual à medida que nos dispomos a uma investigação sobre o imaterial presente nas simetrias de um imaginário místico e religioso.
