A IMPORTÂNCIA DE UMA ALIMENATAÇÃO EQUILIBRADA PARA A PESSOA COM AUTISMO

Autores

  • Ediane Alves Leite Instituto de Educação Superior da Paraíba
  • Marcos da Silva Camilo Júnior Instituto de Educação Superior da Paraíba
  • Rafaela Soares Leite Instituto de Educação Superior da Paraíba
  • Thamires Cristina Leite de Caldas Instituto de Educação Superior da Paraíba
  • Sidcley Cavalcante da Silva Instituto de Educação Superior da Paraíba

Resumo

O autismo, também conhecido como transtorno do espectro autista (TEA), é uma síndrome presente desde a infância, cujas principais características são dificuldade de relacionamento interpessoal, rotina extremamente rígida e um circulo restrito de interesses. Devido a extrema seletividade e resistência a mudanças, as criancas autistas costumam criar bloqueios, inclusive novas experiências alimentares, o que, geralmente, tem resultado em um estado nutricional inadequado, que poderá provocar uma série de desordens gastrointestinais, como diminuída produção de enzimas digestivas, inflamações na parede intestinal, entre outros. Por essa razão, este estudo partiu do seguinte questionamento: é possível melhorar a qualidade de vida do autista através da nutrição? Com o objetivo de refletir acerca da alimentação da pessoa com autismo, foi feito um levantamento bibliográfico através de pesquisa em livros e artigos. O critério de seleção para inclusão esteve relacionado a abordagem dos temas alimentação do autista, cérebro autista e tratamento biomédico. Foram excluídos os que não enfatizavam os sintomas e problemas gastrointestinais dos pacientes autistas. Como resultado, percebemos que o processamento cerebral é fruto dos procedimentos bioquímicos do corpo e que não tem somente uma origem. Assim, é um consenso que a causa é genético-ambiental e pode apresentar variações na forma clinica e na gravidade. Observamos, ainda, que existem quatro problemas causados pelo transtorno: inflamação intestinal, sintomas gastrointestinais, anormalidades metabólicas com problemas com a desintoxicação e desequilíbrio imunológico. Provavelmente, isso tem uma relação estreita com a enzima DDP IV, que é responsável por quebrar os peptídeos de glúten e caseína, pois ela sofre alterações e enfraquece devido a fatores como uso de antibióticos e de pesticidas, entre outros. Essas alterações agravam a doença, pois, além de serem tóxicas para o cérebro do autista e causar problemas de comportamento, contribuem diretamente para o desarranjo gastrointestinal. Portanto, a dieta do autista deve passar por uma rígida seleção dos alimentos, em especial, a exclusão da caseína e do glúten, de produtos químicos, toxinas e potenciais neurotransmissores liberados quando o alimento é quebrado, porquanto isso tem colaborado comprovadamente para melhorar a qualidade de vida do paciente. Nessa perspectiva, é necessário acompanhamento profissional, devido aos riscos inerentes à mudança de cardápio. Também são necessárias novas pesquisas na área, visto que ainda carece de informações e de estudos mais aprofundados. 

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Publicado

2018-05-09

Edição

Seção

Artigos