NÃO SE NASCE HOMEM, NEM NECESSARIAMENTE SE TORNA: Aproximação etnográfica a grupos de homens igualitários

Autores

  • Antonio Martins de Oliveira Universidade Autônoma de Barcelona

Resumo

Tomando como base a definição de gênero como uma categoria de análise da relação Masculino/Feminino, e a identidade de gênero como uma auto-definição do sujeito, a partir de processos construtivos externos (cultura, costumes, educação) e internos (decisões, valorações, escolhas), fazemos um diálogo entre duas correntes de discussão sobre a identidade de gênero dos homens: a mudança impossível e a mudança possível. Utilizamos argumentos interdisciplinares de diferentes autores, priorizando as contribuições de Françoise Héritier e Pierre Bourdieu, na corrente da mudança impossível, e Simone de Beauvoir e Elisabeth Badinter, na corrente da mudança possível. O debate se dá ao redor do Sistema de Pensamento Binário Ocidental que opõe homens e mulheres e, dessa forma, defende o determinismo social da identidade de gênero. Como alternativa, apresentamos a necessidade da problematização desse sistema como forma de possibilitar a abertura de perspectivas de construção da igualdade entre homens e mulheres.

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Publicado

2018-04-16

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Artigos