A influência do trabalho escravo nos engenhos e nas fazendas de cana de açúcar no estado de Mato Grosso no século (XVIII e XIX)
Resumo
Este artigo visa discutir a influência, as relações de trabalho e o emprego da mão de obra escrava, em todo o processo de produção do açúcar e da aguardente nos engenhos e nas usinas de Mato grosso, sendo que na região Sudoeste os canaviais e o emprego da mão de escrava se edificaram nas Fazendas: Jacobina, Facão, Descalvados e Ressaca, fazendas que foram instaladas na segunda metade do século XIX e inicio do século XX, as margens do rio Paraguai no município de Cáceres. Destaca-se ainda a vinda dos negros e o legado cultural deixado por esses povos em todos os setores da sociedade mato grossense e brasileira naquele período. Discute a influência e o poderio econômico e político que os senhores donos de engenhos desempenharam e desfrutavam no contexto social, que mais tarde se tornaram grandes latifundiários, usineiros e ao mesmo tempo, desempenharam o papel de coronéis da política local e regional no Brasil. Para a realização desta pesquisa foram utilizadas algumas etapas básicas, como o levantamento bibliográfico e leituras em livros, artigos científicos, filmes, pesquisas na internet sobre o tema e relatos históricos sobre essas fazendas e do seu processo produtivo e da escravidão em mato grosso. Este trabalho pautou nas ideias e nas concepções de autores como: Andrade, Cervo e Bervian, Machado, Póvoas, Reis e Gomes, Siqueira, Volpato e outros. Sendo assim acreditamos ainda que se colocando a centralidade na pessoa humana, buscando garantir seus direitos básicos e inalienáveis e sua dignidade de trabalho é que conseguiremos alterar este grave quadro de trabalho escravo, ainda muito presente em pleno século XXI, não só no estado de Mato grosso, mas em muitas regiões do nosso país.