ATRITO NEGATIVO: CAUSAS E DANOS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Autores

  • Vanessa C. da Cunha Centro Universitário UNIESP
  • Carlos Rolim Neto Centro Universitário UNIESP

Resumo

O atrito negativo é um fenômeno que ocorre em solos de características mole, solos compressíveis, que possuem baixa resistência ao cisalhamento, e são constituídos, em sua maioria, por matéria orgânica. O atrito negativo acontece, de forma que, o solo mole em que é cravada uma estaca, recalca mais do que a estrutura de fundação. Ao longo dos anos estudiosos vem desenvolvendo pesquisas de campo, pesquisas de laboratório e até mesmo desenvolvendo métodos de cálculo para que seja possível diminuir, em grande escala, os danos que podem ocorrer nas estruturas, chegando ao colapso, se o atrito negativo for desconsiderado. A partir desses estudos, observou-se que alguns efeitos podem acontecer no solo e nas estacas, tanto causando malefícios, quanto benefícios, no qual, um deles é denominado por “efeito setup“ que gera uma grande melhoria na fundação quando se fala de atrito negativo.

Palavras-chave: Atrito negativo; solo;, argila orgânica.

Biografia do Autor

Vanessa C. da Cunha, Centro Universitário UNIESP

Graduando em Engenharia Civil – Centro Universitário UNIESP.

Carlos Rolim Neto, Centro Universitário UNIESP

Professor do Curso de Engenharia Civil – Centro Universitário UNIESP

Referências

ALONSO, U.R. Exercícios de Fundações. São Paulo, SP, Ed. Edgard Blücher Ltda., 1983.

AMANCIO, Luciana Barbosa. Previsão de Recalques Em Fundações Profundas Utilizando Redes Neurais Artificiais Do Tipo Perecptron. Programa de Pós-Graduação Em Engenharia Civil, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, 2013

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122: Projeto e Execução de Fundações. Rio de Janeiro, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6484: Solo - Sondagem de Simples Reconhecimento com SPT - Método de Ensaio. Rio de Janeiro, 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6502: Rochas e Solos - Terminologia. Rio de Janeiro, 1995.

AUVINET, G. G. & HANEL, J. J. (1981). Negative skin friction on piles in Mexico City clay. Proceedings: 10th ICSMFE, Estocolmo, Suécia: 599-604.

AZEREDO, H. A. O Edifício até sua Cobertura 2a Ed. São Paulo, SP, Ed. Edgard Blücher Ltda., 1977.

AZZOUZ, A. S. and Baligh, M. M. (1984) – Behavior of Friction Pile in Plastic Empire Clays, Report N R84 - 14, vol II, Constructed Facilities Division, Department of Civil Engineering, MIT,, Cambridge, MA.

BOGARD, J. D. and Matlock, H. (1990) Application of Model Pile Tests to Axial Pile Design – Proceedings, 22 nd Annual Offshore Technology Conference, Houston,Texas, vol 3, p 271-278.

BRIAUD, J. L., JEONG, S., Y BUSH, R. (1991). Group effect in the case of downdrag. Geotechnical Engineering Congress Vol. I ASCE, pp. 505-518. Colorado, USA.

CAPUTO, H. P. Mecânica dos Solos e Suas Aplicações Vol. 1. 6a Ed. Rio de Janeiro, RJ, Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda., 2014.

CASAGRANDE, A. - The Structure od Cl ay and i,ts Importance in Foundati on Engineering, Contributions to Soil Mechanics, Boston Society of Civil Eng. - 1932.

CHELLIS, R. D. - Pi 1 e Foundati on, McGraw-Hi 11, New-York, 2nd Edi t ion, 1961.

DE BEER, E. E; WALLAYS, M. (1983). Quelques Problèmes que Posent les Fondations sur Pieux dans les Zones Portuaries. La Technique des Travaux, pp. 375-384.

EL DEBS,Mounir Khalil. Concreto Pré-moldado: Fundamentos e Aplicações. 2a Ed. São Paulo, SP, Oficina de Textos, 2017.

ELMASRY, M.A. - The Negative Skin Fricticiri bf Bearing Pilles", Swiss Federal Institute of Technology, Zurick, Thesis for the Degree of Doctor of Technical Sciences, 1963.

FILHO, André Luiz Delmondes Pereira. Atrito Negativo No Projeto de Fundação Profunda: Estudo de Caso. Universidade Federal de Sergipe, Centro de Ciências Exatas e Tecnologia - Departamento de Engenharia Civil. São Cristóvão, 2017.

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4a Ed. São Paulo, SP, Atlas, 2002.

GUSMÃO FILHO, J. A. Fundações de Pontes. Recife, PE, Editora Universitária, Universidade Federal de Pernambuco, 2003.

HUANG, T., ZHENG, J. & GONG, W. (2014). Research on negative skin friction on pile by a simple model experiment. Applied Mechanics and Materials, p. 693-696.

JEONG, S., KIM, S. & BRIAUD, J. (1997). Analysis of downdrag on pile groups by finite element method. Computers and Geotechnics, v. 21, n. 2, p. 143-161.

KNAPPETT, J. A.; CRAIG, R. F. Craig mecânica dos Solos. 8a Ed. Rio de Janeiro, RJ, LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S. A. 2015.

LEPSCH, Igo F. Formação e Conservação dos Solos 2a Ed. São Paulo, SP, Oficina de Textos, 2010.

LITTLE, J.A. (1994). Downdrag on piles: review and recent experimentation. Geotechnical Special Publication, ASCE, p. 1805-1826.

MILITITSKY, Jarbas; CONSOLI, Nilo Cesar; SCHNAID, Fernando. Patologia das Fundações 2a ed. rev. e ampl. São Paulo, SP, Oficina de Textos, 2015.

MORETTO, O.; BOLOGNESI, A.J.L. - Pile Foundations Stressed by Negative Friction, Proc. of the ,st. Pan Amer. Corif. on Soil Mech. and Found. Eng., Vol. 3, Mexico, 1959, pp. 315-325.

PARAÍSO, Sérgio C.; COSTA, Cláudia Maria Cunha. A Eficácia do Ensaio de Carregamento Dinâmico na Avaliação do Efeito de “Setup” em Estacas Cravadas. COBRAMSEG 2010: Engenharia Geotécnica Para O Desenvolvimento, Inovação E Sustentabilidade, 2010.

PEDRON, Fabrício de Araújo; DALMOLIN, Ricardo Simão Diniz; AZEVEDO, Antônio Carlos de; KAMINSK, João. Solos Urbanos, Ciência Rural Vol. 34, núm. 5, setembro-outubro, 2004, pp. 1647-1653.

Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS.

PINHEIRO, A. C. F. B.; CRIVELARO, M.; PINHEIRO, R. G. B. Projetos de Fundações e Terraplenagem. 1ª Ed. São Paulo, SP, Editora Érica-Saraiva, 2015.

PLOMP, A. & MIERLO, W.C. (1948). Special problems, effects of drainage by well points on pile foundations. Proceedings: 2nd ICSMFE, Rotterdam, v. 4, p. 141-148.

POULOS, H. G. (1997). Piles subjected to negative friction: a procedure for design. Geotechnical Engineering, Vol. 28, No. 1, pp. 23 - 44.

SANTOS NETO, Pedro Murrieta. Métodos de Cálculo de Atrito Negativo em Estacas - Estudo e Discussão. Rio de Janeiro,RJ, COPPE-UFRJ, 1981.

SOARES, Eloiza Ramalho Montenegro. Efeito Tschebotarioff em estacas metálicas: estudo de caso na ponte sobre o rio Jaguaribe. João Pessoa, PB, 2017.

SÖDERBERG, L. O. (1962). Consolidation Theory Aplied to Foundation Pile Time Effects, Geotechnique,12.

TACHIZAWA, T. e MENDES, G. Como Fazer Monografia na Prática. 12a ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.

TERZAGHI. K.; PECK, R.B. - SOiJ Mechanics in Engineering Practice, John Wi.ley and Sons, 2nd Editions, New-York, 1967.

VARGAS, M. Introdução à Mecânica dos Solos. São Paulo, SP, Editora McGrawHill do Brasil, 1977.

VELLOSO, D. A.; LOPES, F. R. Fundações Vol. Único. São Paulo, SP, Oficina de Textos, 2010.

WHITAKER, T. (1957). Experiments with model piles in groups. Géotechnique, 7(4), p. 147- 167.WHITAKER, T. (1957). Experiments with model piles in groups. Géotechnique, 7(4), p. 147- 167.

WHITTLE, A. J. and Baligh, M. M. (1998). The Behavior of Piles supporting Tension Leg Platforms, Final Report Phase III, Constructed Facilities Division, Department of Civil Engineering, MIT,, Cambridge, MA.

ZEEVAERT, L. (1982). Foundation engineering for difficult subsoil conditions. Van Nostrand Reinhold Company. New York, USA, 2nd ed, 696p.

AUVINET, G. G. & RODRÍGUEZ, J.F.R. (2017). Criteria for the design of friction piles subjected to negative skin friction and transient loads. Ingeniería Investigación y Tecnología, México, v. XVIII, n. 3, p. 279-29.

Downloads

Publicado

2021-08-16

Edição

Seção

Artigos